Tivemos a idéia, então, de ligar para a coordenadora pedagógica. Que por ser a responsável pela escolinha certamente teria noticias, feito isto tudo se acalmou.
Mas em determinado momento a Duda comentou, que estava preocupada porque não entendia o que tinha acontecido.
_ Eu não sei o que aconteceu! Dizia ela.
E repentinamente veio o comentário engraçado:
_ Fui até a pracinha e dei uma espiada em todos os cantinhos. Mas o braço da Lara não estava lá, não!
Entendi, então, que ela imaginava que “quebrar o braço” era exatamente o que acontecia com suas bonecas. E que, se sua amiguinha tinha quebrado o braço ele deveria estar lá abandonado na pracinha. E ela queria ajudar a “concertar” sua amiguinha.
Quantas vezes nós fazemos o mesmo! Olhamos (e julgamos) os acontecimentos de forma destorcida, utilizando para isso nosso (parco) conhecimento, através da nossa realidade, através do nosso mundo.
A Duda entendia e julgava o acidente com o que ela conhecia e com o pouco que já tinha vivido.
Nós, apesar de maiorzinhos, entendemos e julgamos os acontecimentos e/ou as pessoas através do que conhecemos e do pouco que vivemos.
Por isso acabamos cometendo erros tão absurdos quanto o dela!
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